domingo, 5 de junho de 2011

Célula-tronco originária de polpa dentária


Células-tronco originárias da polpa do dente de leite podem curar deficiências visuais. É o que mostra a pesquisa realizada pela biomédica Bábyla Geraldes Monteiro, do Instituto Butantan. O trabalho avaliou a eficácia da atividade de células-tronco retiradas da parte interna de dentes de leite ao tratar uma lesão na região límbica dos olhos de coelhos. “É o espaço entre a parte colorida e a parte branca do globo ocular”, explica a pesquisadora. O procedimento adotado busca reconstruir a córnea para, assim, restaurar a visão. A partir de setembro, a técnica começará a ser testada em humanos, em parceria com o Instituto da Visão da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Em um primeiro momento os testes serão aplicados em um grupo de pacientes voluntários que já passaram por cirurgia e não obtiveram resultados satisfatórios, não podem receber enxertos de tecido e não apresentam quadro infeccioso. Os testes devem demorar seis meses e, caso a técnica apresente resultados satisfatórios, poderá ser disponibilizada para a população.
A técnica desenvolvida pela biomédica está descrita na dissertação de mestrado “Estudo da Plasticidade das Células-Tronco de Polpa Dentária: Diferenciação e Caracterização para Células do Epitélio Corneano in vitro e in vivo”, apresentada por Bábyla ao Programa de Pós-Graduação Interunidades em Biotecnologia (USP/IPT/Instituto Butantan). O trabalho foi premiado  durante o congresso oftalmológico Pan-American Research Day – ARVO Annual Meeting, realizado neste ano em Fort Lauderdale, Flórida, nos Estados Unidos.

Técnica dispensa embrião para obter células tronco




Pode cair por terra o principal obstáculo ético e legal para a obtenção de células-tronco embrionárias, apontadas como possível fonte de tratamento para várias doenças. Dois estudos conseguiram reprogramar células adultas da pele humana para que se tornassem capazes de se diferenciar em vários tecidos. A técnica dispensa o uso de embriões, criticado por opositores à pesquisa com esse tipo de células e proibido em alguns países.

O método já havia sido demonstrado com sucesso em camundongos em julho de 2006. Desde então, laboratórios do mundo inteiro vinham tentando aplicá-lo com êxito em células humanas. O feito foi obtido de forma independente por dois grupos. A equipe de James Thomson, da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, publicou seus resultados na revista Science. O periódico Cell traz o artigo do time liderado por Shinya Yamanaka, da Universidade de Quioto, no Japão - o mesmo que havia mostrado a eficácia da técnica em roedores.

A novidade foi divulgada poucos dias depois da obtenção das primeiras células-tronco embrioná de primatas geradas meio de clonagem. Esse anúncio havia sido recebido como um sinal de que estaríamos mais próximos da clonagem terapêutica de humanos, na qual células-tronco obtidas de embriões poderiam ser usadas no futuro em terapias celulares contra doenças como o mal de Parkinson ou lesões da medula espinhal.

No entanto, a obtenção de células-tronco embrionarias sem a necessidade do uso de embriões - e da consequente destruição dos mesmos- pode tornar desnecessário o procedimento de clonagem. Se for confirmada a capacidade da técnica de gerar células capazes de se diferenciar sem riscos, a pesquisa de terapias celulares deve ganhar um fôlego considerável. "O método vai mudar completamente o campo da pesquisa com células-tronco" , aposta James Thomson.

Células-tronco: a aposta da medicina atual




A cada estudo realizado com célula-tronco, pesquisadores e cientistas descobrem um tratamento promissor e faz nascer esperanças naqueles que precisam de tratamentos com as células da vida. Doenças como Diabetes Tipo 1, Mal de Parkinson, asma entre outras já estão em estudos bem avançados.
Um estudo coordenado pelo professor Jonas Frisen, do Instituto Karolinska, na Suécia, mostrou como as células-tronco e vários outros tipos celulares contribuem para a formação de novas células da medula espinhal em camundongos. Ele demonstrou que essas células são inativas em uma medula espinhal saudável, e que a formação de células novas acontece principalmente por meio da divisão de células mais maduras.
Quando a medula espinhal é lesada, no entanto, essas células-tronco são ativadas e se tornam a principal fonte de novas células, porém não são suficientes para restaurar a funcionalidade da medula espinhal. “A melhora de pacientes paraplégicos, ainda é uma incógnita para os cientistas. Mas, acredito que esta experiência trará resultados surpreendentes para nós”, diz o diretor do Centro de Criogênia Brasil, Carlos Alexandre Ayoub.
A talassemia, um tipo de anemia hereditária, também mostrou resultado bem-sucedido com a terapia genética baseada em célula-tronco. A terapia foi aplicada num paciente de 21 anos, onde foram retiradas células-tronco da medula. As células foram “consertadas” em laboratórios e injetadas novamente no jovem.


Além destas, mais de 300 doenças estão em fase final de testes, com resultados positivos surpreendentes. No futuro espera-se reconstituir órgãos inteiros com células-tronco, não dependendo mais de transplante. “É por isso que cada vez mais casais buscam coletar e armazenar as células-tronco do cordão umbilical de seus bebês”, explica Ayoub.
As células-tronco são a grande aposta da medicina atual, pois ao se dividirem podem se transformar em qualquer um dos 216 tipos de células que formam o corpo humano, o que favorece tratamentos para doenças degenerativas, reduzindo tempo de tratamento e recuperação da qualidade de vida em doentes terminais.


Células-tronco podem ser cura para a Aids

Doze anos após o "nascimento" da primeira linhagem de células-tronco embrionárias humanas, na Universidade de Wisconsin, a Administração de Drogas e Alimentos dos Estados Unidos (FDA) autorizou hoje, pela primeira vez, que essas células sejam injetadas experimentalmente em seres humanos. O estudo será conduzido pela empresa de biotecnologia Geron, que financiou a pesquisa pioneira de Wisconsin, em 1998, e agora, após uma década de experimentos in vitro e com animais, poderá finalmente testar o potencial terapêutico de suas células no organismo humano. Trata-se do primeiro e único ensaio clínico com células-tronco embrionárias humanas aprovado no mundo até agora. 

A empresa, com sede na Califórnia, vai recrutar até dez pacientes com lesões medulares para receber injeções de células nervosas progenitoras, produzidas pela diferenciação de células-tronco embrionárias humanas in vitro. A intenção é que essas células progenitoras, uma vez dentro da medula, se diferenciem em um tipo específico de célula do sistema nervoso central, chamada oligodendrócito, que reveste os nervos e permite a transmissão dos sinais elétricos enviados do cérebro para o restante do organismo. 

Em experimentos com ratos lesionados, a técnica se mostrou eficaz, devolvendo parte dos movimentos e do controle motor e sensorial aos animais. O início dos testes em humanos já havia sido autorizado em janeiro de 2009, mas o aparecimento de cistos na medula de alguns dos animais tratados fez com que a FDA colocasse a autorização "em espera", até que a empresa pudesse investigar a questão.

A Geron anunciou que aperfeiçoou os protocolos de segurança relacionados à diferenciação das células, fez novos experimentos com animais e conseguiu, novamente, luz verde da FDA para seguir em frente com o ensaios clínicos em seres humanos.

EUA liberam teste de células-tronco em humanos

Doze anos após o "nascimento" da primeira linhagem de células-tronco embrionárias humanas, na Universidade de Wisconsin, a Administração de Drogas e Alimentos dos Estados Unidos (FDA) autorizou hoje, pela primeira vez, que essas células sejam injetadas experimentalmente em seres humanos. O estudo será conduzido pela empresa de biotecnologia Geron, que financiou a pesquisa pioneira de Wisconsin, em 1998, e agora, após uma década de experimentos in vitro e com animais, poderá finalmente testar o potencial terapêutico de suas células no organismo humano. Trata-se do primeiro e único ensaio clínico com células-tronco embrionárias humanas aprovado no mundo até agora. 

A empresa, com sede na Califórnia, vai recrutar até dez pacientes com lesões medulares para receber injeções de células nervosas progenitoras, produzidas pela diferenciação de células-tronco embrionárias humanas in vitro. A intenção é que essas células progenitoras, uma vez dentro da medula, se diferenciem em um tipo específico de célula do sistema nervoso central, chamada oligodendrócito, que reveste os nervos e permite a transmissão dos sinais elétricos enviados do cérebro para o restante do organismo. 

Em experimentos com ratos lesionados, a técnica se mostrou eficaz, devolvendo parte dos movimentos e do controle motor e sensorial aos animais. O início dos testes em humanos já havia sido autorizado em janeiro de 2009, mas o aparecimento de cistos na medula de alguns dos animais tratados fez com que a FDA colocasse a autorização "em espera", até que a empresa pudesse investigar a questão.

A Geron anunciou que aperfeiçoou os protocolos de segurança relacionados à diferenciação das células, fez novos experimentos com animais e conseguiu, novamente, luz verde da FDA para seguir em frente com o ensaios clínicos em seres humanos.